a primeira viagem do Mingau

Parece que o Mingau e a Mel estão se dando bem. O Mingau não se cansou de ir atrás dela para brincar e só levar patadas (literalmente), mas aprendeu a manter distância quando ela mostra que não está afim. Por outro lado, a Mel chega pertinho dele para sentir seu cheiro, e muitas vezes corre atrás dele para brincar (imagino que seja isso hahaha).

O ponto baixo da semana foi a ida deles à veterinária. Os dois tomaram vacina e injeções, e isso os deixou um pouco estressados. A Mel rosnou para ele por uns dois dias depois disso, mas agora estão se acertando de novo.

Quando chegamos o deixamos dentro de casa o dia inteiro. Na nossa casa não tem muros, só cercas e algumas grades, e um gato consegue facilmente passar por elas. Mas o maior problema é que os vizinhos têm cachorros enormes, parecem de guarda, e se o Mingau passasse pela grade não sabíamos se voltaria.
No dia seguinte arrumamos uma corda gigante e amarramos na coleirinha dele (é improvisada, é rosa porque era da Mel hahaha). Prendemos a corda em um dos bancos da varanda e pudemos deixa-lo curtir o sol e a grama. No começo ele se incomodou um pouco, pois gato é curioso e quer fuçar o terreno inteiro. Mas depois foi se acostumando a ficar só naquela área onde a corda alcança.
O Mingau é realmente um achado. Em uma das noites que passamos no campo apareceu um gato. Um gato branco que costuma rondar a casa e brigar com a Mel (ou é a Mel que briga com ele?). Eu nunca fui muito com a cara dele, pois ele realmente é meio briguento. Um dia apareceu um gatinho muito fofo, preto e branco, que dormia no sofá da varanda e ficava no nosso colo. Ele ficou um fim de semana inteiro com a gente, depois não apareceu mais. Mas na noite em que ele estava lá, ficava esperto olhando para ver se o gato branco não aparecia para brigar.
Bom, então esse gato apareceu na varanda. A porta é de vidro, e estava fechada, então não nos preocupamos. A Mel o viu, e o Mingau também, mas as reações foram completamente diferentes. A Mel ficou olhando e rosnando, andando para trás, enquanto o Mingau chegou perto do vidro e ficou cheirando, sem dar um miado sequer. O gato “intruso” fazia um barulho muito estranho, parecia que ele estava uivando, igual um cachorro. Não sei o que isso significa, mas li duas pessoas dizendo na internet que pode ser um pedido de atenção (estava bem frio lá fora, vai ver ele queria comida ou algum cantinho quentinho para dormir, vai saber) ou um sinal de braveza.
Mas ele foi embora e não apareceu mais.

Nós viemos para a casa no campo no feriado de Corpus Christi, e resolvemos trazer o Mingau. No primeiro final de semana que ele estava com a gente e nós viajamos, ele ficou em casa. Eram dois dias só, deixamos ração, água e uma caixa de areia limpinha. Quando voltamos, dava para ouvir o miado dele da rua! Tadinho. Então como seriam quatro dias, resolvemos leva-lo conosco.

Ele simplesmente não parou de miar a viagem inteira! Cerca de 1 hora e meia miando sem parar, literalmente sem parar. Ficou muito estressado, até fez xixi na casinha que ele estava.

Ele dormiu, brincou, tomou sol, rolou na grama e pegou umas formigas. Uma gracinha!

Na volta da viagem o Mingau ficou miando mais 1 hora e meia! Será que um dia ele vai se acostumar? Mas ele gostou muito de ficar lá, então acho que valeu a pena se estressar um pouquinho no caminho.