04/05/2013

lembranças que vêm do nada

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Pensar em como escrever esse post não foi uma tarefa fácil, afinal sobre esse assunto tenho apenas pensamentos soltos que parecem não terem ligações, a ponto de conseguir escrever um texto sobre ele. De qualquer forma, o post de hoje se trata de uma coisa que acho bem esquisita, mas ao mesmo tempo muito legal: eu me lembro de coisas, de quando eu era bem mais nova, apenas com um cheiro, ou uma imagem, ou até coisas sem o menor sentido.
Por exemplo, ontem de noite estava lendo uns slides de uma aula da faculdade, e o layout da apresentação era de um tom avermelhado, meio marrom, com partes brancas, e o fundo do programa de visualização (Adobe) era cinza escuro. No meio do texto, apareceu um "[...]", meio estilizado, de acordo com a fonte que a professora escolheu usar. Esse "[...]", junto com as cores e a luz do meu abajour, me trouxeram à mente lembranças de um dia que cheguei atrasada em casa e minha mãe estava quase indo à delegacia para dar queixa de sumiço. Se não me engano, eu tinha uns nove anos, e tinha saído da escola com uma amiga minha, até a casa dela, e depois voltado para a minha. Eu estudava de tarde, então voltei pra casa de noite.
Nesse dia, quando subi para o meu apartamento, tinha acabado a energia, então minha mãe tinha acendido algumas velas. O esquema de cores da apresentação de slides que vi ontem junto com a iluminação do meu quarto junto com o "[...]" me lembraram da iluminação do meu apartamento, à luz de velas. E de repente eu não estava mais lendo o texto, e sim lembrando de como o apartamento estava bonito com aquela disposição de cores amarela e laranja.
Outra lembrança que surge bastante é a de dia de aniversário, ou de quando eu ainda estudava de tarde, até os 10 anos de idade. Todos os dias que vejo o céu de cor laranja, no por do sol, me lembro automaticamente de quando minha mãe me buscava na escola. Eu voltava e ficava assistindo televisão, ou então ficava andando pelo apartamento falando comigo mesma, ou olhando minha mãe fazendo a janta, assistindo tv na cozinha.
Quando está um pouco antes do por do sol, mas o dia está quentinho e meio laranja, de céu limpo, e tudo parece estar fluindo bem, me lembro dos dias em que fazíamos aniversário naquele apartamento onde eu morava. Eu ia com minha mãe ao mercado e a gente comprava pão comprido, frios, patês, e depois ela arrumava tudo para comemorarmos o meu aniversário, ou o dela, ou o do meu irmão, junto com minha tia e meus primos que moravam no apartamento de baixo e com minha vó, que morava no da frente.
Não sei se esse post foi fácil de entender, mas tentei explicar o melhor possível esse negócio estranho que acontece. Claro, eu sei que não devo ser a única, mas até hoje ninguém me contou nada do tipo! Tem outras lembranças mais legais do que essas, digo, que são mais estranhas, com ligações mais sem sentido. Caso me lembre, escrevo aqui outro dia.

Esse post foi retirado do meu antigo blog

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